quarta-feira, 28 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
A natureza agoniza - Paulo Paixão
Outro dia, estava sentado numa cadeira de embalo, de frente para a janela aberta da minha casa, com o olhar perdido no horizonte, conversando, silenciosamente, com os meus anjos e com as luzes do bem que me monitoram desde quando me tornei um ser humano, quando se operou em mim um diálogo interessante com a eternidade.
Quando assim me encontro, não dá outra...de súbito, em profusão, emergem imagens da minha terra idolatrada (Santarém, a pérola do Tapajós) e então, não sei se rio, se choro ou se me esforço para sufocar esse pesar, mudando o foco do meu olhar para a realidade do dia-a-dia de Belém. Nesse mergulho, vejo o rio azul na dança das maresias povoar minha mente com recordações dos passeios de barcos, das pescarias das férias colegiais, dos namoricos sob os cajuais e pitangas das praias de verão. Vejo, também, os passeios de canoas nos mansos lagos do Amazonas, protegidas das ondas e dos ventos atrás de uma moita de capim, sentindo o cheiro afrodisíaco dos igapós e estrumes de gado e ouvindo os sons díspares da natureza e o ribombar solitário de um trovão, após um clarão no céu lá pras bandas das grandes serras...
E vejo mais...vejo a mata verde repleta de vida: flores, frutos, borboletas, passarinhos, macacos, preguiças...que povoam toda a mata desde tempos remotos, o tempo da formação do universo pelo o Nosso Senhor Deus. Essa natureza me encanta tanto, tanto, que, afirmo, com sinceridade: se ela fosse extinta, neste momento, a um sopro de todas as forças satânicas, preferiria sucumbir com ela, pois, perderia, de uma só vez, a fonte inesgotável das minhas inspirações, que dão graça a este mundo, bem como, sentir-me-ia profundamente frustrado ao ver uma obra maravilhosa de nosso Deus ser desprezada pelo homem ao ponto de extingui-la para a promoção dos seus projetos colossais que alimentam sua soberba, seu materialismo, seu egoísmo e sua avareza.
Neste meu cismar uma energia se corporifica e toma forma a silhueta de um velho sábio de barba e cabelos longos, brancos, que, encarando-me com seu olhar apreensível, estabelece o seguinte diálogo comigo:
- No começo, o homem fez reduzidos sulcos na terra com diminutas pás de arado e queimadas de vidas que, a seu ver, em pouco tempo poderiam ser restabelecidas. Depois, abriram-se estradas, construíram gigantescas muralhas e continuaram suas queimadas...
Interferi a fala do velho sábio, fazendo-lhe uma pergunta:
- Por que há uma crescente gana de mutilação da terra pelo homem?
- Desobediência do homem ao plano de Deus. Tentações.
- Como se sabe, primeiro Deus fez o céu e o planeta Terra, depois, criou o homem “à sua imagem” e o encheu de poder para exercer o controle sobre a terra e seus viventes. O homem deveria exercer o seu domínio com o fito de se manter e mantê-los, tão-somente. Além disso, Deus presenteou o homem com o deslumbrante jardim do Éden. Deus o colocou naquele paraíso para cultivá-lo e protegê-lo.
Num ímpeto o velho aspirou o ar. Elevou sua mão direita para os céus, apontando seu indicador para uma paragem indefinida e continuou:
- Os olhos de Deus estão nos vendo, agora. Não conto uma fábula. É a mais pura verdade! Deus fez a natureza renovável. Veja as plantas como se renovam e os animais como podem se multiplicar!
- E como mesmo o homem deveria tratá-la? Atalhei concentrado nas ponderações do sábio senhor.
- Quando a frota de Cabral teve contato com os verdadeiros donos do Brasil, os índios, foi possível constatar-se como eles interagiam com a natureza. Faziam tal como nosso Deus nos houvera determinado fazê-lo. Serviam-se dela como um recém-nascido se serve do leite de sua mãe, sem exauri-la ou depredá-la. Os aborígines, que, na verdade deveríamos chamá-los de “habitantes”, tiravam da natureza somente o que precisavam para se manter e não para acumular riquezas.
O sábio senhor fez uma pausa para visualizar o infinito acima das palhas da palmeira de açaí, revoltas, balançando-se ao sabor do vento e continuou:
- Mas o homem nunca parou para refletir a “Natureza”. Não vê que ela é vida e uma vida, por mais singela que se nos pareça sua essência, é de uma complexidade fenomenal. Sua essência é divina. O homem só poderá manipulá-la e nunca lhe dar animação, porque a animação é de origem divina. É um mistério escondido nos escaninhos do céu, onde só Deus tem a chave para adentrá-los.
- E sabe o que é, ainda, mais instigante? Perguntou o sábio senhor olhando-me diretamente nos meus olhos.
- Diga-o, senhor.
- O universo todo continua em processo de ajustamento. Por esta razão algumas anomalias quando deflagradas causam tamanhos desastres aos quais damos o nome de “desastres naturais” que, de quando em vez, afligem os seres viventes e se tornam calamidades incontroláveis. Quando o homem interfere nesse processo, pode acelerar a sua deflagração.
- É verdade, recentemente, fomos surpreendidos pelo terremoto no Haiti que fez incontáveis vítimas, confirmando a impotência do homem diante da fúria da natureza – acrescentei com ares de muita amargura.
- Pois é Paulo, assome-se a isso o desprezo e desrespeito que o homem tem pela natureza, ela que é responsável até pelo ar que respiramos e pela comida que comemos. A natureza terrestre, diria, está num estágio de plena harmonia com o projeto de Deus. Ela flui naturalmente cumprindo sua função e qualquer interferência exterior ao seu próprio ciclo e sistema sutis é capaz de desencadear disfunções sistêmicas de conseqüências imprevisíveis e incontroláveis.
Novamente pedi um adendo para observar:
- Pior de tudo é que o homem sabe muito bem disso, no entanto, seus egoísmo e avareza ilimitados vendam seus olhos e o empurram para o precipício.
- Justamente. E então veio a revolução industrial com o seu processo de produção não mais artesanal ou manual, mas, através da aplicação de força motriz e a queima indiscriminada de combustíveis fósseis para mover suas industrias e a emissão, também indiscriminada, durante anos e anos, de resíduos poluentes para a atmosfera. Dessa época em diante impera a era da Globalização: tecnologia em constante avanço em todo o ramo do conhecimento humano aumenta a eficiência e produtividade e, então, o homem exaure, com rapidez, os recursos naturais renováveis e não renováveis e transforma a face do globo, antes, uma paisagem viva, exuberante, agora, um paisagismo opaco, inerte, inexpressivo, face à implantação de megaprojetos e gigantescos empreendimentos que, para a sua consecução, inclui, pormenorizadamente e com precisão, todos os custos operacionais ou não, mensuráveis, exceto os custos relativos à agressão e mutilação do meio-ambiente. A par disso vê-se, o desprezo e indiferença quanto à aplicação das normas e dos mecanismos de controles ambientais pelas instituições estatais, bem como com as causas sociais.
- Paulo, enumere você mesmo os danos provocados à natureza que você possa lembrar, cujas causas apontamos na nossa conversação.
- Pois não. Vamos lá: efeito estufa e com ele o aquecimento global; disseminação de doenças mortíferas; desmatamento e queima da floresta; desequilíbrio de vários ecossistemas; ondas insuportáveis de calor pelo mundo; perda da biodiversidade; deterioração do nosso patrimônio natural; processo de desertificação de áreas antes densamente florestadas; derretimento das placas de gelo da Antártida; instabilidade do clima; furacões; chuvas torrenciais, etc.
O velho sábio parou de falar. Deixou que o silêncio envolvesse as nossas imagináveis e claras conclusões e finalmente profetizou:
- Será o fim anunciado. Sem dúvida, haverá uma interferência dos céus, pois, o mal jamais prevalecerá sobre o bem!
Assim que a imagem do velho sábio se tornou volátil e se desfez no espaço, fui sacudido pelos ombros por minha mulher que disse:
- Acorda, acorda Paulo, vem ver a televisão. O verão prolongado secou um afluente do Amazonas e provou a mortandade de milhares de peixes!
Paulo Paixão
domingo, 25 de abril de 2010
Hino do São Raimundo!
Letra: Cezar Brasil / Música: Cezar Brasil
Pantera! Pantera! Gooooooool.
Pantera! Pantera! Gooooooool.
Meu São Raimundo,
Glorioso Alvinegro,
Joga bola pra valer,
Sou São Raimundo até morrer. (2x)
Muitas glórias no passado e no presente,
No esporte é o maioral,
Meu Pantera Negra só tu é o nosso ideal.
São Raimundo é time forte e de raça,
Nos gramados vence tudo e ergue a taça,
A torcida agora grita de emoção,
São Raimundo, meu Pantera, é campeão.
sábado, 24 de abril de 2010
Separatismo no Pará, o desconhecimento e o preconceito
Por Manuel Dutra, jornalista (blogmanueldutra.blogspot.com)
Sabemos que não existe um debate sobre as demandas das regiões Oeste e Sul do Pará por autonomia política. Em Belém, isso não existe por desconhecimento das razões desses pleitos, um desconhecimento que engendra o preconceito.
Em Santarém e Marabá, candidatas a capitais, o debate é débil em virtude da profunda dependência político-partidária das elites locais em relação aos grupos de poder político e econômico sediados na capital do Pará. Não havendo, lá, lideranças sociais não partidárias engajadas no embate separatista, o que deveria ser um debate salutar, lá e cá, torna-se conversa sazonal que se transfere para o âmbito de comissões do Congresso, em Brasília.
No caso do pretendido Estado do Carajás, a demanda vem do início dos anos 1990, quando aquela região começou a ter novo sentido econômico, a partir do significado da Serra dos Carajás e do desenvolvimento da agricultura e pecuária. Empreendimentos que motivaram a formação de uma elite regional liderada por grupos não-paraenses, sem maiores ligações históricas e culturais com Belém.
No Oeste do Estado existe consistência histórica para o pleito, que vem do momento em que Pedro II assinou, em 1850, o decreto de criação da Província do Rio Negro, mais tarde Província e Estado do Amazonas. Antes, em 1832, os atuais amazonenses já tinham tentado, por própria conta e risco, separar-se do Pará, sem êxito, depois que Belém mandou tropas e canhões botar fim da festança separatista.
Após a perda territorial do Rio Negro, as elites paraenses permaneceram inconformadas, e brigas foram frequentes entre o Pará e o Amazonas. Surgiu, então, a idéia de se criar uma terceira província, que viria, naquele momento, servir de algodão entre cristais.
Em 1869, segundo relata o grande historiador amazonense Arthur Cezar Ferreira Reis, foram intensos os debates no Parlamento Imperial sobre a necessidade de transformar o Baixo Amazonas paraense (hoje chamado de Oeste do Pará) em um província autônoma. Em 1832, o Grão-Pará tinha três Comarcas: Belém, Santarém e Manaus. Santarém adquiria, assim, status jurídico e administrativo semelhante ao das outras duas cidades, alimentando o sonho da autonomia que jamais veio a se realizar.
E não se realizou porque as elites de poder, em Santarém, foram tão fracas que jamais conseguiram, nesse século e meio, dar consequência à sua aspiração. Desse percurso se percebe que há razões históricas e contemporâneas para o pleito separatista, sendo as razões de hoje justificadas pelos ralos investimentos estaduais no Oeste, onde nos últimos 30 anos os mais vultosos investimentos em infraestrutura foram obra do governo federal: rodovias, porto, aeroporto, o hospital regional de Santarém e mesmo obras urbanas se fizeram graças a dinheiro de Brasília.
Sejam quais forem as reais motivações, o perigo está em que o Estado do Tapajós pode surgir no escuro, em meio à ausência de debates produtivos e com o desconhecimento proposital das elites de Belém. Aliás, vejo benéfica para Belém, como cidade, a criação do Tapajós e Carajás, ou apenas o Tapajós, pelas razões que seguem:
A capital paraense é hoje um aglomerado metropolitano de problemas estruturais, cuja solução não se vislumbra. Quem mora aqui assiste, a cada dia que passa, à chegada maciça de gente do interior e de Estados vizinhos. Belém está superlotada, como os barcos que afundam no Marajó. Não há solução à vista. Morar na capital paraense está cada vez mais difícil. As ruas são uma real ameaça para quem anda a pé ou de carro!
Imagino que, se tivéssemos coragem de debater os problemas paraenses, a questão da criação de novos Estados seria vista como potencialmente benéfica para a solução dos problemas de Belém, com a descentralização das migrações em direção a Santarém e Marabá. O que os governos destas duas cidades farão ou fariam com a massa migrante, só Deus sabe...
terça-feira, 20 de abril de 2010
Mais uma do mineirinho!
Três paulistas querendo contar vantagem pro Mineirim :
1º. paulista: - Eu tenho muito dinheiro... Vou comprar o Citibank!
2º. paulista: - Eu sou muito rico... Comprarei a Fiat Automóveis
3º. paulista: - Eu sou um magnata... Vou comprar a Usiminas
E os três ficam esperando o que o mineiro vai falar.
O Mineirim dá uma pitada num cigarro de paia, ingole a
saliva... faz uma pausa... e diz:
- Num vendo...
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Pesquisas e tendências eleitorais - Tiberio Alloggio
As intenções de voto captadas pelas inúmeras pesquisas desse início de corrida presidencial nos mostram um José Serra estagnado e um pouquinho à frente de Dilma.
As pesquisas eleitorais, como se sabe, são apenas um reflexo de um momento presente. A própria pergunta reflete isso: Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria?
Nas sequências podem mostrar uma tendência, que sempre será interpretada de forma parcial pelos uns e pelos outros, em função dos interesses de partidos e coligações.
As pesquisas não garantem o resultado das eleições, mas têm grande importância para as composições políticas e, sobretudo, para a captação dos recursos de campanhas. Inexistindo financiadores por ideologia, as campanhas eleitorais são financiadas por interesses: sempre interesses pragmáticos, nada de programático claro.
Por isso, os grandes financiadores, mesmo torcendo para “um único cavalo” nunca deixam de apostar também nos demais concorrentes. Desses, Ciro Gomes continua à “espera de um milagre”. Dono de personalidade e convicções politicas fortes quando peemedebista, Ciro aprendeu que o seu partido, o PSB, precisa de base regional de deputados e senadores, consistente.
Por isso, Ciro acha prioritário quebrar a hegemonia do PMDB nos estados, dentro de outro padrão ético. Ele está convencido que a aliança PT-PMDB trava a evolução politica do Brasil, e está brigando para que essa não prevaleça. Sua capacidade de convencimento é grande e só Lula seria capaz de demovê-lo.
Por se achar candidato melhor do que Dilma, ainda não abandonou a disputa. Mas Ciro só será candidato de Lula se Dilma cair nas pesquisas, e caso insistir em concorrer por fora, será para bater forte no Zé Serra, do qual tem intolerância genética.
Marina Silva, para a grande massa eleitoral, continua ainda uma ilustre desconhecida. A maioria dos eleitores só tomará conhecimento dela quando começar a aparecer no “programa eleitoral gratuito”.
Marina Silva é daquele tipo de figura que brilha de “luz própria”, o que inibe as possíveis tentativas de desconstruir sua candidatura. Porém, sua luz ainda não tem a força necessária para iluminar o coração da grande massa. Por isso, somente um milagre poderá garantir uma sua eventual vitoria eleitoral.
No entanto sua presença na campanha fará com que o programático entre no debate eleitoral,
contribuindo para que o eleitor acredite em programas e não em personagens. Marina não precisa interpretar uma personagem. Ela é a própria personagem. Que passa autenticidade e só precisa se manter como tal.
Sua presença enfraquece a campanha de Serra, e tenderá a tirar mais votos dele do que de Dilma. Também poderá agregar os votos de protesto, oferecendo uma alternativa para todos aqueles que estão desiludidos com a política
Marina não tem como influir no resultado final, mas poderá ter efeitos importantes, como evitar uma decisão no primeiro turno e até emergir como uma força para 2014, comandando um PV renovado, despoluído dos Gabeira, Penna, etc. da vida.
Os dois candidatos mais bem situados na disputa pela Presidência não tem muitas opções. Serra, é remanescente da fracassada época neoliberal Fernandista, enquanto Dilma se fez no berço do lulismo. Ambos estão suficientemente carimbados e agora só precisam dar prioridade ao pragmático, para conquistar votos do eleitorado.
Na disputa entre os dois, pesará como uma montanha o legado com os seus respectivos padrinhos. E nesse sentido, Dilma leva vantagem.
Os mais de 80% de aprovação de Lula não são irreais. Lula conseguiu a façanha de que o povo brasileiro se sinta feliz com seu governo. Ainda assim persiste uma pequena parte que mesmo se sentindo bem, não aceita nem o governo e nem a pessoa. Porém, apenas uma ínfima minoria sente-se mal com Lula, mas é aquela minoria invejosa que sempre sofre com a felicidade dos outros.
Lula governa com sua imensa capacidade de se sair bem em todas as circunstâncias, comandando o crescimento e o desenvolvimento do Brasil. Enfim, tudo indica que será o apoio explícito do Presidente Lula que deverá decidir essa eleição.
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* Sociólogo, reside em Santarém. Escreve regularmente no blog do Jeso.
Botafogo Campeão Carioca de 2010!
Eleições na CASF - Chapa 3 rumo à vitória
sábado, 17 de abril de 2010
Partido Verde - O Partido dos Administradores Sociais - Stephen Kanitz
Quem vai gostar do artigo é meu sobrinho Bruno Moura, do PV santareno. Veja o que escreve Kanitz.
O Partido Verde está mudando o Brasil.
É o primeiro partido político a ouvir administradores, a dar espaço político a administradores, a escolher administradores como candidatos chaves a postos de governo. Guilherme Leal como Vice, e agora RIcardo Young para disputar o Senado por São Paulo.
Ambos são líderes do movimento de Administração Socialmente Responsável, conheço-os bem, fundamos o Instituto Ethos que fez uma revolução ética nas empresas brasileiras.
Em 2006, eu fiz uma experiência em Democracia Virtual, e propus num artigo na Veja que eu sairia candidato se suficientes leitores da Veja prometessem votar em mim.
"Meu objetivo é testar uma ideia que poderá criar o início de uma democracia eletrônica neste país, que permitirá pessoas honestas e inteligentes se candidatarem, eliminando os elevados custos de campanha.
A corrupção no Brasil tem origem na necessidade dos partidos políticos arrumarem verbas para campanha. Vamos acabar com isto em 2006, fazendo a primeira campanha sem verba deste país!
A proposta é a seguinte: Responda a pesquisa abaixo onde pergunto se você estaria disposto a votar em mim, se eu me candidatasse a um cargo em 2006.
Se 20.000 eleitores se comprometerem a votar em mim, me candidato a Vereador.
Se mais de 60.000 internautas se comprometerem a votar em mim, me candidato a Deputado Estadual. Se porventura 2 milhões se comprometerem a votar em mim, me candidato a Senador, e assim por diante.
Aí, é só vocês cumprirem a sua parte que faremos a primeira campanha com pouca verba, nenhuma corrupção, e nenhum acordo com empreiteiras, sindicatos e grandes financiadores de campanha deste país."
O único partido a se interessar em me dar uma legenda, adivinhem qual foi?
O Partido Verde, e o seu Presidente, o Peninha, me deram todo o apoio na época.
O PSDB, o PT, o DEM não mostraram nenhum interesse em criar uma democracia virtual, em angariar o apoio dos 2 milhões de administradores deste país, nem mandaram um adjunto conversar comigo. O PV mandou ninguém menos do que o seu Presidente.
Infelizmente, recebi somente 30.000 emails, só que do Brasil inteiro, o que nem dava para sair vereador por São Paulo. Não me candidatei.
Mas fica claro que o PV é o partido que todo Administrador Socialmente Responsável deveria considerar nas próximas eleições. Afinal, apoio tem que ser recíproco.
Já estava escrito - Paulo Paixão
Já estava escrito...
De muito longe vem...
Sem pressa vem...
Alguém saberia a sua forma?
Ou de que matéria é feito (a)?
Já estava escrito desde
Antes de qualquer plano universal.
Sabiam que a roda, um dia,
Se fecharia e se quebrariam
Outros vínculos mais...
O que é grande, tornar-se-á
Pequeno.
O que é luzente,
Obscurecerá.
Há muito já estava escrito...
Tudo o que os olhos vêem é finito,
E o infinito não cabe nem no
Próprio olhar.
E o que há de passar vem
Do infinito,
Por isto, nos é impossível
Imaginar.
A certeza será dissipada;
A inteligência..., desdenhada;
O orgulho.., ridicularizado;
A vaidade..., humilhada.
Tudo será invertido...
Como Pedro em sua cruz.
Há quem desejará ter sido um mendigo;
Quem foi patrão, quererá ter sido empregado;
Senhor? Melhor fora ter sido escravo...
Há quem desejará ter morado numa gruta
A uma mansão em Dubai;
Há quem preferirá ter sido um estivador,
A ser um industrial ou investidor em Manhattan...
Alguém diria: - Ah, quisera ter sido apenas um pássaro
Ou um inseto!
- Minha preocupação seria somente com o meu predador...
- No mais, Deus haveria de prover!
Outro comentaria: - Por que não saciei a sede daquele inválido?
- Por que não parei pra refletir e orar e rogar as bênçãos celestiais?
- Por que andava de nariz empinado na praça, sentindo-me o tal?
- Por que perdi tantas chances de ajudar um necessitado em hospitais, prisão ou mesmo na própria rua?
- Por que desdenhei do irmão diferente, achando-me superior?
- Por que, se minha alma me dizia que aquilo não era o certo?
- Por que minha soberba, inveja, indiferença quando sabia que estava errado?
- Por quê? Por quê? Por quê?
Olhemos bem dentro de nós
E vejamos como sóis incontáveis pipocam
Em toda vastidão do nosso ser.
Dizem-nos quem somos ....
E se os contradizemos, não culpemos ninguém.
Vem do desconhecido...
Fazer cumprir o que fora escrito.
Porque tudo que tem princípio
Tem fim...
Paulo Paixão, Poeta santareno, escreve regularmente neste blog.