Por Manuel Dutra (jornalista):
Essa trama criada pelo ministro do STF, Gilmar Mendes (PSDB), se
parece com os esquemas das novelas da Globo: podem mudar os personagens,
mas o enredo se parece, e às vezes, quase não se distingue da novela
anterior.
Tem o bom e o mau, o bonito e o feio, o bandido e o mocinho tal como
nos arrasa-quarteirões hollywoodianos. Importante é que chame a atenção e
continue dando ibope, nem que seja cada vez mais baixo, como as novelas
globais.
Há mais de uma década todos sabemos como começa: um prócer
demo-tucano inventa uma mentira e pouco minutos depois ela estará nos
sites da “grande” mídia, à noite é manchete circunspecta do Bonner e, no
dia seguinte, manchete de todos os narigudos. Quando a manchete sai no
papel, o desmentido já está nas redes sociais que contam a história
segundo a versão do caluniado.
Os jornalões e ela, a Veja, dão capa e grandes textos, com
fotos devidamente editadas no photoshop, detratando Lula e quem mais se
atreva a prosseguir com as mudanças políticas, sebretudo com essa
história de falar em pobre, bolsa família e outros itens que tanto ódio
causam nos causadores da miséria que parecia eterna e, sobretudo, com
essas políticas que colocam o Brasil no seu devido lugar na cena
internacional, com mais respeito e presença, medidas que tanto ódio
causam aos cupinchas do capital estrangeiro e dos históricos esquemas
colonais e neo-coloniais.
Nos dias seguintes, a despeito dos desmentidos e das evidências da
mentira, as manchetes prosseguem, embora trazendo, nas duas últimas
linhas da notícia, o desmentido e até uma ou outra versão que tornam a
mentira um pouco visível.
Como em outras ocasiões, desta vez o mocinho da Veja/jornalões está
sendo o simpátigo Gilmar Mendes (PSDB), que diz/desdiz e vira manchete.
Publicado no Blog do Jeso (Jesocarneiro.com.br)
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