sexta-feira, 24 de julho de 2009

Homenagem ao amigo Teddy Max - Canta "A miragem"

No Seminário Pio Décimo de Santarém, o Benedito Costa Filho já fazia sucesso com música. Infelizmente Deus o chamou muito cedo. Morreu aos 53 anos, quando fazia um show no ano passado em Macapá. Essa gravação foi feita quando ainda estava no Japão, onde ficou por 12 anos, antes de regressar para o Brasil.

Banzeiro - Grupo Raízes da Terra

terça-feira, 21 de julho de 2009

Lamento amazônico - II - Unankiê - Banda Carrapicho



O grito indigena vem de Manaus, com a banda carrapicho!

Composição: Ronaldo Barbosa

Unankiê, unankiê, unankiê, ê, ê, hê
Unankiê, unankiê, unankiê, ê, ê, ê, ô, ô, ô
Meu rio chorando de dor
Num clamor quase mudo
Ferido no leito pelo branco invasor
A mata em silêncio reclama
A terra ferida no ventre
Desnudaram teu chão
A cobiça rompeu, no seio da selva
E levaram o ouro que é teu
E o guerreiro da taba sagrada
Guerreiro da tribo Tupy,
Banido da nação
Sai sangrando da grande batalha
Cai ferido no chão, ô, ô, ô
Chora meu povo, chora minha terra
Chora minha nação
Chora o inca, chora ô magoa
Chora parintintin ô, ô, ô
Ianomamy lançaram

Não inventa gambiarra que piora!

Em uma planície, viviam um Urubu e um Pavão. Certo dia, o Pavão refletiu:

- Sou a ave mais bonita do mundo animal, tenho uma plumagem colorida e exuberante, porém nem voar eu posso, de modo a mostrar minha beleza.

Feliz é o Urubu que é livre para voar para onde o vento o levar.

O Urubu, por sua vez, também refletia no alto de uma árvore:
- Que infeliz ave sou eu, a mais feia de todo o reino animal e ainda tenho que voar e ser visto por todos, quem me dera ser belo e vistoso tal qual
aquele Pavão. Foi quando ambas as aves tiveram uma brilhante idéia em comum e se juntaram para discorrer sobre ela: cruzar-se seria ótimo para ambos, gerando um descendente que voasse como o Urubu e tivesse a graciosidade de um Pavão...

Então cruzaram... e daí nasceu o peru: QUE É FEIO PRA CARAMBA E NÃO VOA!!!

Moral da história: "- Se a coisa tá ruim, não inventa gambiarra que piora !!"

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O blog paraense fica mais pobre! Morre Juca do Quintaemmenda!



Foi com extrema surpresa que este blog tomou conhecimento da morte do grande blogeiro Juvêncio Arruda do Quintaemenda. Irmanamo-nos a dor de seus familiares e trazemos para este blog um tributo feito pelo ex-reitor Alex Fiúza de Melo ao Juca, nesta data. Descansa em paz, companheiro!

Tributo a Juvêncio Dias de Arruda Câmara
Alex Fiúza de Mello

Juvêncio partiu sem ter tido tempo de dizer adeus. Também não avisou, desta vez, de seus passos, como de costume, em seu blog. Diante da notícia imprevista de sua doença incurável, simplesmente congelou as postagens, antecipou desculpas por “problemas técnicos”, recolheu-se, em silêncio, entre os seus mais próximos, e ensaiou um último e indizível ato existencial, sem comments, vivido interiormente na dor consciente e lúcida de seu iminente ocaso.

Também em sua hora final “Juca” rasgou os scripts, surpreendeu a todos, não esperou mais tempo, negou o “normal”, o “lógico” – e manteve tudo inconcluso, polêmico, surpreendente, em plena sintonia com tudo o que fez e defendeu em vida.

Economista de formação, mas profissional da comunicação por opção e paixão – sem diploma específico, como ria e se orgulhava –, foi nesta área de atuação que deixou a sua maior e melhor contribuição à sociedade paraense. Seu blog Quinta Emenda, hoje um ícone da mídia local e regional, já havia alcançado no último mês de junho uma impressionante média de 2.000 consultas diárias e seguia um rumo consagrador que colocaria o seu mentor, muito em breve, em destaque nacional. Referência obrigatória para todos os leitores interessados em notícias de última hora e de conteúdo confiável, com comentários e análises instigantes e honestas, o Quinta inovou na linguagem e no estilo de fazer jornalismo. Pérolas que marcarão a memória da imprensa paraense – como “Nova Délhi” (Belém vista em seu subdesenvolvimento caótico), “Ivecezal” e “Folha Nariguda” (denúncia humorada à parcialidade dos dois maiores veículos da imprensa local), “Nacional”, “Tapiocouto”, “Jatemar”, “Sobrancelhudo” (referência satírica a políticos da terra) –, criaram uma forma de denúncia, com humor e sarcasmo, da mediocridade, improbidade e mandonismo ultrapassado dos donos do poder local e das elites periféricas e improdutivas. Para “Juca”, a injustiça, no Pará, era tanta e desmedida, que, inclusive, vestia toga. E não por acaso sua última postagem no blog Quinta Emenda, autorizada em cama, já doente, em favor de Lúcio Flávio Pinto, foi contra os abusos do Poder Judiciário dessa terra de impunidades, sem lei, sem ética, sem direitos, sem vergonha, que lhe faziam sentir-se um permanente estrangeiro em sua própria pátria.

Seu mal-estar em permanecer num ambiente politicamente inóspito fez com que já estivesse planejando sair de Belém e do Pará, a contra-gosto, num ato de protesto contra o status quo dominante e como um exercício de sobrevivência intelectual e moral. Não via, a curto prazo, luz no fim do túnel, a contar a ausência de perspectivas num meio político contaminado pela metástase da corrupção e do oportunismo demagógico.

Juvêncio defendeu, sim, ao longo de sua biografia uma tese (a única concluída) com distinção e louvor: a da honestidade e da coerência. Qualificou-se nesses itens, como profissional e como homem, a exemplo de poucos (incluídos os doutores de beca), condição e referência que lhe lastrearam admiração e respeito por tudo o que escrevia e informava, até de seus adversários mais ilustres – que no momento do adeus, qual num filme de Felini, lhe mandaram, despudoradamente, flores.

Hoje, depois das últimas tribulações, Juvêncio descansa em paz, ao lado de seus entes queridos. Foi-se fisicamente, sim, mas permanece entre nós, na lembrança, como modelo àqueles que lutam por cidadania plena num país sem república, pelos direitos humanos numa terra de exclusão e por prerrogativas democráticas numa nação de cultura patrimonialista e autoritária.

Obrigado, caro Juca, por teres existido; pela originalidade, oportunidade e justeza de tuas reflexões e escritos. Pela coragem e força de tuas palavras e criações. Ainda que por pouco tempo (menos do que pretendias), conseguistes incomodar os acomodados na impunidade e nos privilégios – os “grandes ladrões”, como os define o poeta Jorge de Lima. Deles, um dia, de tão miúdos e desprezíveis, não restarão que cinzas e esquecimento. Ao contrário, tu permanecerás, para além deles, pela boa e memorável influência de tua obra e exemplo de caráter. Para parafrasear Mário Quintana: eles passarão; tu, passarinho... Voa, então, para sempre, em paz!

sábado, 11 de julho de 2009

Pergunta interessante. Para reflexão.

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"



Campanha da moedada - Lúcio Flávio Pinto



Aqui vai a solidariedade do blog ao jornalista Lúcio Flávio Pinto, em razão da exdrúxula sentença do senhor Raimundo Chagas Filho. Já vou depositar minhas moedas.

IMPRENSA – Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto
Parece ter decolado, mesmo, a Campanha da Moedada proposta por um internauta anônimo, neste blog. A campanha conclama todos aqueles solidários com o jornalista Lúcio Flávio Pinto a que façam depósitos de qualquer valor, mas sempre em moedas, até atingir os R$ 30 mil estipulados como multa pelo juiz Raimundo das Chagas Filho, titular da 4ª vara cível de Belém do Pará, que condenou o editor do Jornal Pessoal por supostos danos morais aos irmãos Romulo Maiorana Júnior, o Rominho, e Ronaldo Maiorana.
A Campanha da Moedada teve o endosso imediato das jornalistas Eva Maués e Luciane Fiúza de Mello, em seus blogs. O blog de Eva chama-se Debaixo da Chuva e o de Luciane, Simplesmente Lu.

É o seguinte o endereço eletrônico do blog de Eva Maués:

http://evamaues.blogspot.com/2009/07/campanha-da-moedada.html

Já o blog de Luciane Fiúza de Mello tem o seguinte endereço:

http://simplesmentelu.blogs.sapo.pt/73645.html
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IMPRENSA - A conta para depósitos de doações
Em comentário feito neste blog, internauta anônimo revela que o próprio Lúcio Flávio Pinto já disponibilizou, bem antes da sentença que o condenou, uma conta bancária para colaborações ao Jornal Pessoal, na qual poderiam ser feitas as doações para a Campanha da Moedada. A conta vem a ser a seguinte:

UNIBANCO (banco 409)
Conta: 201.512-0
Agência: 0208
CPF: 610.646.618-15

O internauta anônimo cita, a propósito da campanha, as manifestações de dois jornalistas:

Herbert Marcus – “Colaborar financeiramente com o Lúcio nesse momento é uma manifestação concreta de nossa indignação, além do voluntariado pela causa do jornalismo comprometido com a verdade e o interesse público , como ele nos lembra em sua página web.”

Ursula Vidal (para Lúcio Flávio Pinto) - "A campanha dos ‘10 centavos’ vai dar um tom bem humorado à essa indignação que é geral. Tens 1 milhão de amigos e não uma casta de puxa sacos ao teu redor. Esse ‘milhão’ é o teu maior capital.”

De resto, o mesmo internauta conclama o blog Flanar (blogflanar.blogspot.com) a aderir à Campanha da Moedada.

sábado, 4 de julho de 2009

A estranha ética de Arthur Virgílio - Istoé da semana




O líder do PSDB no Senado reconhece ter recebido vantagens indevidas, como foi denunciado por ISTOÉ, e diz que vai devolver o dinheiro público

Falastrão Discurso de Virgílio durou mais de três horas: "Mereço ser, sim, criticado"

Na segunda-feira 29, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) subiu à tribuna do Senado para responder às denúncias publicadas por ISTOÉ. Durante três horas e 20 minutos, fez um dos discursos mais longos da história da Casa. Mas tudo não passou de pura retórica. Sem nenhum documento, Virgílio esbravejou ao vento. Ele não rebateu as acusações e confirmou com mais detalhes os fatos trazidos à tona. Na verdade, o senador autoincriminou-se. A partir de seu relato inflamado, ficou claro que o líder do PSDB no Senado infringiu os artigos do Código de Ética que preveem sanções para casos de abuso de prerrogativa e obtenção de vantagens indevidas e doações.

E mais: ao reconhecer os pecados cometidos no exercício do mandato, o senador demonstrou que, embora seja severo na hora de julgar adversários políticos, costuma adotar padrões éticos bem mais elásticos em relação às próprias atitudes.

Segundo reportagem de ISTOÉ, Virgílio manteve um servidor fantasma lotado em seu gabinete. No discurso, o senador, visivelmente alterado, admitiu que errou ao manter na folha de pagamento do Senado Carlos Alberto Nina Neto, filho do amigo e seu subchefe de gabinete, Carlos Homero Nina, mesmo quando ele resolveu estudar no Exterior. Nina Neto foi contratado em 21 de maio de 2003 como assistente técnico, com salário de cerca de R$ 10 mil. Em 2005, entre maio e julho, foi para Barcelona para um mestrado e continuou recebendo salário. Depois, passou mais de um ano fora, entre outubro de 2006 e novembro de 2007, fazendo pós-graduação. De volta ao Brasil, continuou no gabinete de Virgílio até ser exonerado em 22 de outubro de 2008. "Esse é um equívoco do qual me penitencio, um erro pelo qual mereço ser, sim, criticado", resignou-se. De acordo com o tucano, Carlos Homero chegou a aconselhar que ele pedisse à Mesa Diretora para "dar autorização" e ainda "pagar as diárias" do filho. Virgílio achou que as diárias "eram demais", mas por conta própria decidiu pagar os salários, "sem a noção clara do pecado".
DÍVIDA Segundo o tucano, amigos o ajudaram a pagar Agaciel Maia

O pecado que Virgílio cometeu está tipificado no artigo 5º do Código de Ética do Senado como abuso de prerrogativa. Não por acaso, dois dias depois, na quarta-feira 1º, ele anunciou que venderá imóveis da família para ressarcir o Senado pelo que pagou indevidamente, durante quase dois anos, ao ex-servidor do seu gabinete. "Era dinheiro da Nação brasileira que não poderia ter sido usado dessa forma", admitiu em novo discurso, mais cauteloso e comedido.

"Era dinheiro da Nação brasileira que não poderia ter sido usado dessa forma"

Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado

Não foi um súbito ato de arrependimento que o fez lançar mão dos bens de família. O senador, na prática, usou um expediente bastante conhecido.

Com a decisão de repor o prejuízo do Tesouro, antecipou-se à ameaça de ser alvo de uma representação do PMDB no Conselho de Ética. Ou seja, mais uma vez lançou mão de seu estranho conceito de ética.

Os discursos de Virgílio mudam ao sabor da hora. Há algum tempo ameaçou, na mesma tribuna do Senado, dar uma surra no presidente da República porque ele e sua família estariam sendo investigados a mando do PT. Meses depois, viajou ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no avião presidencial. Seu padrão ético também é volúvel. Virgílio não titubeou ao recorrrer, por meio de Homero Nina, ao então diretor-geral do Senado Agaciel Maia, para resolver uma emergência de caixa. Conseguiu, num domingo, um empréstimo de US$ 10 mil. O dinheiro, revelou ISTOÉ, serviu para liberar seu cartão de crédito, que estava bloqueado durante viagem com a família a Paris. Candidamente, como se nada tivesse acontecido, admitiu na tribuna que três amigos se cotizaram para pagar a dívida por ele. "Carlos Homero me disse que havia resolvido isso (os R$ 10 mil) via Agaciel. E perguntei: 'Mas, escute, não quero ficar com dívida nas mãos desse sujeito'", disse Virgílio. Argumentou também que não recebeu US$ 10 mil, mas sim R$ 10 mil. Ou seja, pelos seus curiosos padrões, jamais receberia "desse sujeito" US$ 10 mil. Mas aceitou de bom grado R$ 10 mil. Trata-se, portanto, de uma ética que leva em conta o câmbio. Será que o senador, também nesse caso, não tinha "noção clara do pecado"? Afinal, foi pela suspeita de que um de seus colegas, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria tido despesas pagas por terceiros que o tucano defendia a cassação do então presidente do Senado.

Outra denúncia de ISTOÉ que Virgílio não contestou em plenário foi a de que sua mãe, falecida em 2006, vítima de Alzheimer, teve as despesas médicas no valor de R$ 723 mil custeadas pelo Senado, quando o permitido pelo regimento interno era um ressarcimento de até R$ 30 mil por ano. Em seu discurso, ele preferiu jogar a responsabilidade pela autorização do pagamento nas costas de Agaciel. Disse que sua mãe não era sua dependente, mas de seu pai, o ex-senador Arthur Virgílio Filho. E anunciou que pediria informações à Mesa para saber se houve autorização para gastos acima do limite. "Esse homem (Agaciel), até quando me acusa, não consegue fugir de dizer que praticou uma ilegalidade. Se liberou tratamento que não deveria ter liberado, ressarcimento que não deveria, da minha mãe, praticou uma ilegalidade. Ou seja, quer me transformar em seu cúmplice ou transformar meu pai, falecido, em seu cúmplice", disse. Mas estranhamente só protestou depois que o fato veio a público.

Michael Jackson - Último ensaio