sábado, 24 de dezembro de 2011

DEPOIS DE ALGUM TEMPO

Verônica  Shoffstall

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dara mão e acorrentar a alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se,e que companhia nem sempre significa segurança. E começa aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com graça de um adulto e não a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair meio em vão."


"Depois de algum tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importam quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo (a) de vez em quando, e você precisa perdoa-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos."


"Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm muita influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se chegar aonde está indo, mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados."


"Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai, é uma das poucas pessoas que o ajudam a levantar-se. Aprende que a maturidade tem mais a ver com tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.


Aprende que quando está com raiva, tem direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama mais do jeito que você quer não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, e que algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo."


"E que, com a mesma severidade com que julga, será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára, para que você

junte seus cacos. Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E vocêaprende realmente que pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir mais longe, depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor diante da vida!"

terça-feira, 22 de novembro de 2011

PORQUE É BOM VOTAR NO “77” = SIM


Econ. Regis de Souza

Teclando e digitando o número 77, que corresponde a dizer, SIM pessoal, vamos partilhar essas terras e libertar esse o povo sofrido”.

Se você teclar no 77, estará dando com toda a sua fé a sua contribuição para que os futuros governos tenham mais autonomia, flexibilidade e rapidez, dentro da área territorial que lhe compete. O resultado desse mecanismo eficaz mecanismo de redesenho territorial, fará com o planejamento das ações, de cada governo, atenda com maior desenvoltura a todos os setores da economia, e por vias de conseqüências, a todos os habitantes sob sua jurisdição. É como se a placa-mãe de seu computador fosse o atual território, e você mesmo a diminuindo de tamanho, tornasse-a com mais capacidade, graças um “up-grade”.

Note-se que na época do império, houve quem fosse contra que o Rei Dom João VI dividisse a Amazônia em duas províncias, por achar que duas pessoas iriam furtar mais recursos do que uma só. Esse pensamento em que pese ter saído da mente do Padre Antônio Vieira, que era excelente orador, não condiz com a realidade de hoje, quando convivemos com milhões de habitantes, com suas necessidades sociais e econômicas, além dons fins geopolíticos de defesa nacional. Portanto, uma coisa que era válido para aquele tempos quando a Amazônia era totalmente floresta e riquezas naturais, não tem mais procedência nos dias atuais. Hoje, mais do que isso, precisamos fazer vertebrar as fontes latentes e emanantes que estão adormecidas nessa nova realidade política-administrativa. Hoje não cabe mais ser pessimista e tão cauteloso, como outrora o era o padre Antonio Vieira. Hoje se ele fosse vivo, entenderia o que é um “up-grade”, e concordaria nessa transformação.  

A seguir vou tentar expor o que é, realmente, esse libertar o povo e o porquê de ser melhor um Pará menor. Com o seu voto no número 77, você nem imagina o quanto as gerações futuras agradecerão esse seu gesto, vamos então à explicação:  

A ocupação de vastos espaços vazios na Amazônia, como objetivo de segurança nacional e desenvolvimento, já vem sendo perseguida há muitas décadas. Nesse momento, com a oportunidade de votar no número 77, pode ser a concretização desse antigo sonho. Mas você pode perguntar: mas não será pernicioso encher a Amazônia de mais gente? Não se trata de superpovoar a Amazônia. Quando se fala em ocupar os espaços vazios, não se está falando em povoar a região com uma população consideravelmente maior, mas simplesmente em redistribuir o poder administrativo de maneira racional, em áreas-polos (Estados), ou melhor, em áreas  mais operantes, com duas novas capitais, (sedes de governo) mais centralizadas, mais próximas de suas fronteiras, aí sim, com a população alocada de maneira mais justa, disciplinada, e com melhor qualidade de vida.

Essas áreas-polos, cada uma com a sua cidade-polo, isto é, com a capital, localizada em ponto estratégico, - eqüidistante de dois grandes oceanos, juntamente com Belém interagindo entre si, e com outras cidades situadas na privilegiada costa marítima - poderão vertebrar, com mais eficiência e eficácia, irradiando desenvolvimento para as cidades menores e localidades na sua área de influência, e ao mesmo tempo, interagindo com os Grandes Centros Econômicos da América do Sul, e do mundo. Depois dessas três primeiras, podemos imaginar outras que serão desmembradas, tais como Altamira e Oriximiná que poderão vir a serem novas capitais.  

Como se pode observar, o desmembramento em si, não é uma questão de capricho, e de ter gente que veio de fora e por isso é a favor.  O surgimento da proposta para Marabá e Santarém, como novas capitais na Amazônia, não se deu por acaso, mas tem um fim determinante, e visa unicamente, o bem de todo o Brasil, através da intensificação do desenvolvimento, em vários setores: na agricultura, na indústria e em todas as melhorias no campo social e econômico, com vistas a gerar mais emprego e reter renda na região. E isso será bom para todos, independente de morar em Belém, Santarém Marabá e em qualquer outra cidade. Todos sairiam ganhando.

Pois bem, esse esforço traduz-se em medidas iniciais de dotar a região de uma infra-estrutura de base produtiva, capaz de assegurar a exploração e a circulação da economia. Seria a melhor maneira de mudar a base produtiva na Amazônia. É com isso, que poderão ser aperfeiçoados os Planos e os Programas desenvolvimentistas com melhorias nos transportes; é com isso que poderá melhorar a estrutura gerencial administrativa para o desenvolvimento sócio-econômico pretendido. A partir da criação de Estados menores, outros setores da economia poderão ser dinamizados com mais facilidades. E assim, por exemplo, podemos citar o setor energético, as telecomunicações, os transportes, o setor pesqueiro e o turismo. Além desses, poderá ocorrer um melhor monitoramento das florestas, podendo até ser criado um novo setor produtivo: o setor da indústria florestal. Poderá, também, haver a adequação de uma agricultura e a seleção de uma industria de transformação para a Amazônia. A seleção de indústrias foi muito usada na implantação do distrito industrial do Estado do amazonas nos anos Sessenta.

No diz respeito ao setor industrial, haveria mais facilidade para ser dinamizado e disciplinado. Os governos tendo seus fardos mais leves, com menos preocupação, passariam a priorizar os Distritos Industriais de Barcarena, Icoaraci e Santarém, que teriam indústrias que fabricassem artefatos provenientes do ferro, aço e de suas ligas para que sejam, assim, completados os investimentos que o governo federal fez e vem fazendo com os grandes complexos industriais. Ademais, com territórios menores para administrar, cada governo teria sua tarefa reduzida para construir mais estradas para o escoamento da produção; para melhorar o transporte fluvial e para distribuir melhor a eletricidade no campo, atendendo a agricultura e eliminando o consumo de derivados do petróleo.

Para realizar esses objetivos, qualquer governo teria bastantes recursos disponíveis, e é aí, que três Novos Estados menores concorreriam para facilitar essa operacionalização, não somente porque os governos teriam autonomia, flexibilidade e mais poder político,  como também, porque teriam menos ônus e mais controle para administrar, atendendo todos os quatro cantos em sua área de jurisdição. Essa é uma matemática bastante simples, fácil de ser entendida por qualquer pessoa, por mais leiga que seja. Como podemos observar, o que hoje é demasiadamente difícil para ser executado no atual imenso território paraense, rapidamente passaria a ser bem mais fácil tendo três territórios menores, tendo três pontos polarizadores, tais como Belém, Marabá e Santarém, para onde tudo iria convergir.    

Logo, acreditamos que dividir em vez de ser ruim, seria muito melhor, mesmo tendo a consciência de que sob qualquer prisma “não há processo de desenvolvimento sem custo e sem esforço”. E esse custo por mais alto que seja, é plausível tendo em vista o bem comum e a valorização da dignidade humana, principalmente de povos interioranos que vivem excluídos, na penúria, e mesmo os habitantes da periferia de Belém, enquanto uma minoria vive bem acomodada, rindo à toa, com as riquezas concentradas em seu poder.

Oxalá o “Não” não saia vitorioso, e tenhamos que nos arrepender. Será que nós teremos que ficar esbravejando e se perguntando: Esse momento histórico deveria ter sido aproveitado, pelas pessoas de boa vontade, pelos cidadãos honrados, por cristãos autênticos, para deixar claro uma manifestação contra a realidade cruel em que vive a maioria da população do atual Estado. Quem optou pelo “não”, não está devendo uma melhor explicação a sua consciência? Será que as mudanças que naturalmente viriam, não melhorariam em nada a realidade atual? Ou não será mais fácil tudo piorar por terem a grande maioria ter aprovado a continuação de um Estado territorialmente imenso? Não teríamos sido carrascos dos nossos irmãos do interior, pensando em usufruir de todas as mordomias na capital? O que nos levou a não serem solidários a causa da maioria da população que é ter um atendimento social mais justo, mais oferta de empregos e mais qualidade de vida? Dividir não seria uma das várias formas de partilha de bens, de serviços e de terra com populações menos favorecidas?  

A sabedoria política, segundo as doutrinas religiosas, na implantação do desenvolvimento sustentável, consiste em encontrar uma via que assegure o equilíbrio ecológico, a justiça social e a viabilidade econômica, incrementando as vantagens de administrar territórios menores, porém ricos em recursos naturais mas, sobretudo, em capacidade humana, o que constituem os vetores e as forças  produtivas bem mais à vista do governo e do povo, evitando-se os desperdícios e buscando a otimização da produção. “Terras para todos!” Mas quem sabe, Terras a partir de três territórios enormes. Essa, talvez, seria a “mística do desenvolvimento”, particularmente nas regiões sub-desenvolvidas, como é o caso da nossa Amazônia, criando novos aparatos políticos e administrativos, novos organismos de ação e controle, a fim de aproveitar as vantagens da execução descentralizada. Aliás, o princípio de subsidiaridade, tão defendido pelas religiões, manda que depositemos nossa fé na capacidade de outros, delegando tarefas acumuladas, para outras administrações subordinadas. A Igreja Católica, nesse sentido, dá esse grande exemplo, ao dividir suas arquidioceses, em dioceses menores. Até certo tempo as arquidioceses, na Amazônia eram de tamanhos geográficos tão enormes, que inviabilizavam a administração eclesial. E até pouco tempo, o que constituía a arquidiocese de Belém, que cobria um território enorme, hoje passou parte dessa jurisdição para um bispo sediado em Castanhal. Isso é inteligência, sabendo usar e ousar na administração da população dos fiéis. E isso cabe muito bem nas administrações do território amazônico, até porque o território é um só, e a Amazônia é de todos nós.  O que é bom para um habitante na Amazônia Ocidental, o é também, para outro, na Amazônia Oriental.

O certo é que ainda teremos que aprender muito com os erros, provenientes de não fazermos uma análise teológica, referendada em valores mais humanos, com pitadas do divino, para não se deixarmos levar pelos “achismos”, incorrendo no egoísmo.  Se esquecêssemos da própria pessoa e pensássemos no outro diferente e desconhecido, longe da gente, com certeza acertaríamos muito mais no alvo, e a felicidade viria por acréscimo. 

Uma coisa é verdade, se fizermos um exame de consciência, concluiremos que a nossa responsabilidade para com os habitantes que viram o “cavalo selado passar”, será bem maior daqui para a frente.  












sexta-feira, 11 de novembro de 2011

São Francisco - Leão azul santareno

Essa é pro meu sobrinho Bruno Moura e meus amigos azulinos matarem a saudade desse timaço. A foto foi cedida pelo meu colega Figueroa que trabalha comigo no Banco da Amazonia e foi campeão naquele ano (1975) pelo SF.
Lourimar, Nando,Renato, Alaércio, Figueroa e Edivar (em pé); Zé Lima, Pedrinho, Miro, Doca, Jeremias e Lacrau (agachados).

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Guarda de Trânsito - Esse é o cara

Se a tchurma da CTBEL assistir a esse vídeo ficarão envergonhados. Exemplo de dignidade na fiscalização do trânsito.Em Santarém, tinha um guarda com essas características. Ficava na Rui Barbosa em frente ao Banco do Brasil.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Estado do Tapajós - Jingle



Um dia chega
A hora da emancipação
Cada um segue seu rumo
Segue seu destino
Escolhe seu caminho
Sua direção
Mas sempre serão
Como uma família
Pois fazem parte de 
Um só coração
E vão crescer
Um ajudando o outro
Sem nunca esquecer
São todos irmãos

Chegou a hora
da grande mudança
E o Pará tem pressa
Não pode esperar
Chegou a hora 
Desse grande salto
De dividir para multiplicar

Chegou a hora
De ficar mais forte
Fazer justiça e 
Crescer muito mais

Queremos sim
Essa esperança
Chamada Tapajós e 
Carajás

Diga sim
Para mais segurança
Para mais saúde
Mais educação
Diga sim para
os três Estados
Diga sim 
Para esta união
Diga sim 
Para a esperança
Diga sim 
Para viver em paz
Diga sim
Para o Tapajós
Diga sim
Para o Carajás

Mato Grosso e Goiás
Exemplos que
Não podemos esquecer
Em quatro Estados
Se dividiram e
Não param de crescer



sábado, 27 de agosto de 2011

Santarém - Antonio José

Parece-me que o vídeo foi produzido pelo próprio AntonioJosé, pois é ele que aparece em várias imagens. Ficou muito bom.
Pra quem não conhece, ele é cantor e compositor de vários sucessos nacionais como sufoco (canta Alcione), aventureiro apaixonado, chuvas de verão (José Augusto) e outras mais.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Deputado Federal Arnaldo Jordy é favorável à redivisão do Estado!


Está faltando coerência ao Sr. Jordy. Em Marabá, diz que é favorável à redivisão do Estado e faz passeata em Belém dizendo-se contrário.Vejam o vídeo.

domingo, 24 de abril de 2011

Vasco 1 X 0 Olaria

Vascão tá na final da Taça Rio. Venceu o Olaria por 1 x 0. Gol de Eder Luiz. O meia Bernardo ainda perdeu um pênalti pelo Vasco. Agora é esperar o vencedor do Fla x Flu. Dá-lhe Vascão da Gama. Curtam os melhores momento do jogo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Prova de amor maior não há!

Esse hino remonta à minha infância. Deus amou a humanidade de tal maneira que enviou Seu Filho ao mundo para sofrer e morrer por nossos pecados para nossa salvação.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Orgulho de ser administrador - Stephen Kanitz

Vejam a defesa brilhante que nosso guru Kanitz faz de nossa profissão. É de dar orgulho a todos nós.

Tenho recebido muitas críticas quanto ao meu suposto endeusamento do Administrador como salvador da pátria.
Deixe-me explicar o que está acontecendo.
Estou lentamente perdendo o meu otimismo com o futuro deste país.
Vejo a China, a Índia e o Vietnam, que estavam anos luz atrasados, rapidamente nos ultrapassarem apesar de termos os recursos naturais e 2 milhões de administradores formados ansiosos para realizarem os sonhos dos outros.
Mas vejo que vocês, pelos constantes comentários, acham que eles não são necessários.
Que não precisamos de bons professores de administração, de boas escolas de administração, de pesquisas em administração.
A maioria da nossa imprensa acha que qualquer um pode tocar um banco, uma Petrobras, a diretoria financeira da Aracruz, VCP e Sadia.
Mesmo depois de tudo o que aconteceu com estas empresas.
Eu acho que administrar requer muitos conhecimentos, que de fato não estão sendo dados no Brasil, porque nossos professores de Administração não são bem formados, muitos nem Administradores são, como a atual Diretora da Escola de Administração da FGV.
Alías, uma das minhas surpresas quando voltei da Harvard Business School, um dos primeiros brasileiros a a cursá-la, é que nunca recebi um convite da FGV para ser professor, nem sequer para dar uma palestra. O mesmo ocorrendo com o Departamento de Administração de todas as demais escolas.
Por isto, estamos deixando centenas de problemas se acumularem, quando deveríamos resolver problemas a medida que eles ocorrem.
Essa é a visão do administrador.
Não estou dizendo que administradores são brilhantes nem que devam tomar o poder.
Já mostrei que a função do Administrador é servir o outro, afirmação que nunca ouvi economista conclamar. Eles querem servir ao Estado, que graças a mão visível deles, não pára de crescer.
Mas administradores são uma classe profissional que o Brasil precisa por serem chatos, determinados, insistentes, organizados e constantemente preocupados com redução de custos.
Talvez por isto nossa elite dominante DELIBERADAMENTE os exclua do seu seio. Corrupção precisa de desorganização, gestores despreparados, dirigentes lenientes e um Estado máximo.
Administradores, ao contrário de engenheiros, advogados e economistas, estão com sua autoestima lá embaixo.
É por isto que eu de fato exagero um pouco, na vã tentativa de melhorá-la.
A Índia, a China e os Estados Unidos colocam o administrador no topo, o americano o endeusa.
Na China, Deng Xiaoping colocou 3.000 Administradores e Engenheiros de Produção em postos estratégicos em 1986, e hoje temos o país mais socialista e ao mesmo tempo mais eficiente da Terra.
E, que vão literalmente nos arrasar e nós tinhamos tudo para estar na frente.
Tudo porque insistimos em ignorar a Administração como um aliado do progresso e do desenvolvimento.
Nunca disse que precisamos ter 100% de administradores no poder, mas acho absurdo que vocês advogados, engenheiros e psicólogos aceitaram termos 40% de economistas no poder e 5% de administradores, e eu pelo jeito sou o único a protestar.
Precisamos de fato melhorar o ensino de Administração, ele é ruim pelos mesmos motivos.
Eu, por 30 anos vesti a camisa do Contador Brasileiro e fui um líder desta profissão.
No wikipedia, em inglês, sou considerado um Economista, pelas inúmeras previsões corretas sobre a economia que já fiz.
Sou muito mais citado como Economista do que Contador ou Administrador.
Só visto agora esta camisa de Administrador, em vez de sair por aí com o meu chapéu de Contador ou Economista, porque vejo que com os economistas e contadores que temos não iremos sair do lugar.
E vejo que nossos administradores no Brasil infelizmente não tem um décimo da influência que deveriam ter, e que de fato tem nos outros países.
Os 2 milhões de administradores não entendem como o único colunista que tinham na Veja é substituído por um economista que deixou o governo com 8000% de inflação, obrigando Collor a fazer o que fez.
Como se 2 milhões de administradores não fossem consumidores, leitores influentes, que pelo jeito precisam saber mais de economia e do que do assunto que lhes interessa. Essa doeu.
Eu não me sinto confortável defendendo estes 2 milhões sozinho. Nada confortável.
Nem preciso mais lutar por um lugar ao sol. Posso voltar a qualquer momento à minha zona de conforto como Contador e Economista reconhecido.
Não acredito que teremos uma reforma tributária e redução de impostos.
A única saída é um brutal aumento de produtividade das empresas para tornar este peso menos debilitante.
Não acredito na melhoria do ensino deste país.
A única esperança é o ensino continuado conduzido pelas empresas aos seus funcionários, ensino prático e objetivo que acrescenta valor.
Não acredito que as empresas familiares, hoje na terceira geração, terão o talento dos fundadores e a vontade de crescer que tem uma empresa de capital democrático administrada por profissionais.
Não acredito que o Estado seja tão eficiente assim para resolver nossos problemas, não é o que vimos.
Honestamente, me preocupa que vocês não percebam o óbvio. Estamos mais uma vez perdendo o barco da nossa história.
Eu, pelo menos, estou afundando atirando.





Frase do dia

"A diferença entre o político e o ladrão é que um eu escolho e outro me escolhe (Fabio Viltrakis, respondendo desafio de Millôr Fernandes sobre a diferença entre os dois).

Utilidade Pública - Sal para hipertenso

Essa matéria me foi enviada pela minha irmã Ione Moura, que repasso aos amigos.

Muita gente está pedindo a receita do sal temperado que faz parte do projeto
Relógio do Corpo Humano, mostrado no Globo Repórter.
É muito fácil de fazer!
O segredo é acrescentar sabor através das ervas medicinais frescas, usando cada vez menos sal para reduzir a ingestão de sódio.
Vamos aos ingredientes:
- 1/2 kg de sal light (que contém 50% de sódio);
- 2 dentes grandes de alho;
- 8 folhas de sálvia;
- 6 ramos de cebolinha verdes;
- 7 ramos de tomilho;
- um punhado de salsa;
Picar os temperos e colocar no liquidificador junto com o sal. Bater um pouco e parar para misturar melhor com a colher. Bater. Repetir o processo até que esteja homogêneo.
A médica da família Aline Benvenutti recomenda o uso desse tempero aos pacientes hipertensos que não conseguer viver sem sal.
Segundo ela, a salsa afina o sangue, ajudando a reduzir a chance de um entupimento das veias do coração e da cabeça.
O alho também é um importante antioxidante.
Ele ajuda a prevenir a formação de placas de gordura e a baixar o colesterol ruim, aquele que entope as veias.
*************************
Minha dica: Colocar em vidro higienizado e bem fechado. Conservar no refrigerador. Nunca usar colher suja para retirar o sal.

Dora Saunier

domingo, 3 de abril de 2011

Feliz Aniversário meu amor!

Você é uma dádiva dos céus colocado em minha vida!Feliz Aniversário!Felicidades, Paz, Saúde e muito amor.

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sábado, 2 de abril de 2011

A Igreja - Luiz Cláudio

Um feliz sábado. Encontrei essa igreja: Igreja Adventista da Promessa. É maravilhoso ser promessista.

Já faz muito tempo eu comprei uma igreja
A preço de sangue, a preço de dor
Já faz muito tempo enviei o meu filho
Para resgatar o que se perdeu
Já faz muito tempo que estou desejando
Essa humilde entrega de um adorador
Que só se inclina-te a minha presença
E não nas ofertas de uma posição
Já faz muito tempo que estou desejando
Que mostre ao mundo a imagem do amor
Que não se confunda entre tanta gente
Que seja distinta como eu sou
Que não se divida como muitas vezes
Entrando em contendas e discussões
Buscando alcançar ser melhor do que o outro
Se no universo o grande eu sou
Eu quero uma igreja que me dê a glória e procure a união

Eu quero uma igreja que sare o ferido
Que rompa as correntes liberte ao cativo
Que aclare a mente que está confundida e que fale a verdade.
Eu quero uma igreja que com seu olhar
Mostre esperança a alma angustiada
Eu quero uma igreja que sare a ferida dessa humanidade


Eu quero um rebanho em que minhas ovelhas
Se sintam seguras e cheias de paz
Onde a palavra seja o alimento ali quero morar

Eu quero uma igreja que com seu louvor
Perfume o meu trono dando-me esse lugar
Igreja que saiba fazer diferença entre o bem e o mal
Onde está a igreja que foi perdoada
E libertada do castigo atrós
Aquela que vê ao que esta caído
E estende a mão e concede o perdão
Igreja desperta chegou o momento da redenção.


(2x)
Eu quero uma igreja que sare o ferido
Que rompa as correntes liberte ao cativo
Que aclare a mente que está confundida e que fale a verdade.
Eu quero uma igreja que com seu olhar
Mostre esperança a alma angustiada
Eu quero uma igreja que sare a ferida dessa humanidade


Eu quero um rebanho em que minhas ovelhas
Se sintam seguras e cheias de paz
Onde a palavra seja o alimento ali quero morar

quarta-feira, 30 de março de 2011

José de Alencar - Morre um grande brasileiro

Foi um verdadeiro gladiador pela vida, como disse o Presidente do nosso congresso nacional. Veja a emocionante entrevista do ex-Presidente Lula sobre a morte de seu amigo. Descanse em Paz nosso eterno Vice-Presidente da República Federativa do Brasil.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Elton Lira - Lateral esquerdo do Papão - Idiota e irresponsável

Vejam bem a cara desse idiota abaixo. O Paissandu ganhando de 2 X 1 do Cametá, cavou a expulsão dele aos 35 minutos do primeiro tempo, fazendo a segunda falta no campo do adversário. Eu nunca tinha visto tamanha irresponsabilidade de um jogador. Pior que ele é um verdadeiro perna-de-pau. Um lateral muito ruim. Deficiente na defesa e muito fraco quando vai para o ataque. A atitude desse irresponsável é um retrato real do desmando que reina na Curuzu. Se eu fosse Presidente demitia esse irresponsável tão logo terminasse o jogo. A torcida do Paissandu não merece jogadores e dirigentes tão medíocres como se vê hoje no Papão da Curuzu.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O profeta tinha razão - Paulo Paixão





O círculo está fechando...

Pare... pense... lembre...e benza-se...

Está se aproximando a Hora.

Ore, jejue, arrependa-se...



Não adie...não se enconda...

A onda vem e te envolverá.

Se você não concordar...

Bem... continue a duvidar.



Turvos rios, morta a mata,

Pragas e mais pragas

Infestam o planeta.

Corre, corre do tornado!

Foge, foge do terremoto!

A onda que mata é implacável:

Assola, afoga, trás desgraça...



Os vermes estão na vez...

Virus, retrovirus, fungos

E bactérias...

Ninguém os vê...

São batalhões invisíveis da morte!



O profeta louco tinha razão...

E ainda assim não te cuidas...

Pior é sucumbir sem tempo

Para o perdão!

Melhor é crer sem ver

Que ver a luz do sol

E morrer na escuridão...



A onda gigante vem...

Quer tu queiras ou não!



Visões de tronos, trombetas, serpentes,

Espadas de fogo, o alfa e o ômega,

Voz de trovão, candelabros de ouro,

Estrelas, olhos brilhantes como o fogo.



Uma porta aberta no céu,

Vê-se a pujança do arco-íris brilhante,

Relâmpagos, estrondos e trovões,

Seres bizarros e hediondos cantantes:

“Santo, santo, santo é o Senhor

Deus , o Todo-Poderoso,

Que era , que é e que há de vir”!



Quebrou-se o selo e abriu-se o livro...

Grandes aflições às criaturas

No céu, na terra,

Debaixo da terra e no mar!



Terremoto dos terremotos,

Pessoas asfixiadas e mortas...

Medo e sofrimento:

O sol escureceu e a lua se tornou sangue

As estrelas caíram do céu,

O céu desapareceu como um rolo de papel.



Salvação para os que se vestiram de branco

E receberam a marca do sinete na testa

A cidade Santa os espera!



Houve silêncio no céu de meia hora...



O vaso de incenso soprou fogo,

E a terra sofreu novo abalo: Chuva de pedra

E fogo, misturados ao sangue...

O mar vira sangue e torna-se amargo,

Uma águia gigante diz: ai de vocês! Ai de vocês!



Dores, torturas de picadas de escorpiões...

Meus Deus, quanta aflição!

Haverá quem procure a morte,

Mas não a encontrarão

A morte fugirá delas.



A onda gigante vem...

Quer tu queiras ou não!



Lava tua roupa, até a tornares branca

E a assim livrar-te-ás de bocas

Que vomitam fogo, fumaça e enxofre...

Do plano secreto de Deus,

Só come da fruta da árvore da vida

Quem neste mundo encontrar

Tempo para arrepender-se dos seus pecados...

Fardo pesado,

Mas possível de carregar!

domingo, 13 de março de 2011

Paulo Henrique Ganso - A volta

Para a alegria de todos aqueles que amam o bom futebol ele voltou. Marcando gol, dando carrinho, com toque de calcanhar e tudo mais. Valeu Ganso. O futebol brasileiro está feliz com teu retorno. Veja os lances do jogo Santos 2 X 1 Botafogo de Ribeirão Preto.

sábado, 5 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

São Raimundo 3 x 2 Paissandu

Vejam os gols da vitória do Pantera sobre o Papão. Esperamos que isso seja o início da recuperação do SR.

Deputado Estadual Júnior Ferrari defente a criação do Estado do Tapajós.

Em entrevista ao blog do Jeso (www.jesocarneiro.com.br) o Deputado Estadual Júnior Ferrari, o número 2 da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, reafirma sua posição favorável à criação do Estado do Tapajós. Veja a entretista.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

TÔ DENTRO...TÔ FORA!

Opinião do BLOG sobre a opinião dos colunistas na edição de hoje do Jornal dos Tucanos. Se TÔ DENTRO, Concordo. Se TÔ FORA, não concordo.

  1. Do velho Coronel JP que voltou a escrever no JT, falando do bolsa família "Lula, apesar de negar de ser de esquerda, mas só torneiro mecânico, optou na prática pelo assistencialismo". TÔ FORA! Sou Lula é porque ele é de esquerda e assistencialismo coisíssima nenhuma. Trata-se do maior programa de inclusão social reconhecido no mundo inteiro. Penso que a saúde débil trouxe prejuízos ao velho coronel na forma de enxergar a realidade social do Brasil atual. Continua tecendo loas à sua época de didatura. Ele faz coro ao FHC que morre de inveja e rancor do sucesso do governo do ex-Presidente Lula.
  2. Do Ronaldo OBIDENSE Brasiliense, querendo puxar o saco do Banpará: "Atualmente o BANPARÁ possui 300 mil clientes em 250 agências distribuídas por 43 municípios paraenses". TÔ FORA! Informação totalmente despropositada. O Banpará possui apenas 42 agências. Não custava nada esse representante da tucanagem paraense, consultar o sítio do Banco antes de dar informação com tamanha distorção.
  3. Do Deputado Federal pelo PT, Carlos Puti, falando de Reforma Tributária com justiça e igualdade: "Na Câmara Federal defenderei uma reforma que restabeleça os princípios de justiça, da igualdade e da oportunidade para todos os que querem produzir, trabalhar e criar suas famíias neste País". TÔ DENTRO! Concordo. É preciso corrigir essa desigualdade tributária onde os pobre pagam mais  impostos do que os ricos. Os ricos têm que pagar mais impostos para alivia a carga tributária sobre as classes populares. Parabéns, Deputado!
  4. Do advogado Sérgio  Couto, ex-presidente da OAB-PA, falando do episódio "morra, morra" do Prefeito de Manaus: "O nome Amazonino (relativo à Amazônia)  até que  pode indutriz grandeza. Mas o ato cometido por seu dono é ignóbil, pequeno! TÔ DENTRO! Esse Prefeito é a melhor personificação de políticos descomprometidos com a ética, com a justiça e com a igualdade que deve existir entre os seres humanos. Repúdio a essa criatura.
  5. De Ivo Amaral falando da taça das bolinhas: "Já está ficando insuportável essa briga entre Flamengo e São Paulo pela posse da chamada Taça das Bolinhas" TÔ DENTRO! Concordo com o Ivo. Essa é mais uma das sem-vergonhices do manda-chuva da CBF Ricardo Teixeira que ,para puxar o saco do flamengo, revolveu cassar o título do Sport Recife. Isso é asqueiroso, dá nojo!


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Entrevista com o Professor João Batista Freire!

O Professor João Batista é educador da área do desporto. Fiquei impressionado com a entrevista  que foi concedida ao programa do Juca Kfouri na CBN. Veja quanta sabedoria nas palavras do professor. Podemos dizer que se trata de  um pensador moderno, humanista e atuante no seio da sociedade.

Rainha das Rainhas de 2011 é do Bancrévea

A grande vitoriosa da noite da programação das Organizações Maiorana foi Marta Inez, candidata do nosso Bancrévea, clube que congrega os funcionários do Banco da Amazônia. Depois de 54 anos o nosso clube conquista o título da Rainha das Rainhas. Parabéns ao presidente Evaldo Silva, meus amigos Murilo Leal e José Raul, que estão realizando uma excelente administração frente aos destinos do Bancrévea. E por falar em Bancrévea hoje tem o baile Vermelho e Branco que contará, certamente, com a presença da Rainha Marta Inez.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A administração no Brasil - Entrevista com Stephen Kanitz

Reverenciado por um número imenso de brasileiros, Kanitz é um tanto atípico, para o que estamos acostumados a entender como administrador no Brasil. Mestre em Administração de Empresas pela Harvard University, trouxe da experiência junto àquela que chama de "esquerda prática" dos Estados Unidos o pensamento que até hoje procura difundir aqui no hemisfério sul do continente: a Administração "socialmente responsável", onde o trabalhador tem mais espaço e o capitalista dono cede poder ao administrador profissional.

Em uma conversa franca e sem formalidades com a equipe da Revista Administradores, Kanitz falou tudo o que quis. Classificou como conservador o ensino em Administração no Brasil, revelou seu descontentamento com o ministério escolhido por Dilma e não poupou palavras contra os economistas, que, segundo ele, foram responsáveis pelo fim da sua coluna na revista Veja.

Administradores - Você disse uma vez, em um artigo, que os EUA são um país desenvolvido porque, diferentemente do Brasil, são geridos por administradores profissionais. Hoje, já temos inúmeras faculdades de Administração. Por outro lado, temos a consciência de que, apesar do alto número, muitos cursos deixam a desejar em qualidade. Será que nossa passagem para a era do administrador está seguindo o caminho certo?

Stephen Kanitz - Os EUA começaram essa fase em 1850. Então, nós estamos só 150 anos atrasados (risos)! Agora, lá e em todos os outros países, surgiu, na época, uma enorme antipatia dos intelectuais com relação às escolas de Administração. Nas escolas americanas, os intelectuais eram geralmente de esquerda e os administradores eram vistos como pessoas de direita. Até porque as primeiras escolas eram, realmente, para formar gerentes de empresas privadas familiares, que a gente conhece tão bem no Brasil. Em 1910, entretanto, surgiu nos EUA algo que não aconteceu em lugar nenhum do mundo. A esquerda mais prática - que é a de Harvard, onde eu estudei - percebeu que o administrador ia ser uma força política muito forte, e as empresas familiares iriam ser substituídas pelas de capital aberto e democrático, onde o administrador seria a peça chave, no lugar do capitalista dono. Então, Harvard muda esse negativismo, pensando assim: "vamos pegar esses administradores do nosso lado, e não do lado dos capitalistas. Vamos criar, então, o curso socialmente responsável". No Brasil, a animosidade dos intelectuais contra os administradores é visível até hoje. Você veja, a Universidade de São Paulo expulsou o MBA de lá. E isso é até assustador, porque 10% do ICMS do estado de São Paulo vai para as universidades públicas estaduais. Ou seja, nós temos os professores que, apesar de receberem 10% do imposto que é arrecadado pelas empresas, são contra o ensino de Administração.

No início do ano, fizemos uma enquete em nosso site onde perguntamos se "administrar é apenas para profissionais devidamente formados em Administração", e a maioria respondeu que "não, pois qualquer pessoa pode desenvolver as habilidades e competências necessárias para administrar, independente da área de formação". Você acha que isso reflete o descontentamento da classe com a qualidade dos cursos?

Nós não temos administradores (ensinando). Eu estudei lá na USP com engenheiros de produção, que tinham, claro, visão de engenheiros. É complicado. Nós não temos, ainda, o Peter Drucker do Brasil. Aliás, não temos uma coluna. O Drucker, há 60 anos, tinha uma coluna semanal nas grandes revistas. Aqui, eu tinha uma coluna mensal na Veja, mas acabou. Tem um que escreve para a Carta Capital e tem o Max Gehringer, mas ele fala sobre recursos humanos, como arranjar um emprego, essas coisas, não é sobre administração estratégica.

De que modo, então, podemos chegar a um patamar ideal?

Nós vamos precisar depurar algumas faculdades que estão fazendo caça-níquel. A própria palavra MBA já foi tomada. Tem escola de Economia fazendo curso de MBA. Tem faculdade oferecendo MBA em Direito. Aí complica mesmo, porque a população acha que qualquer um pode ser administrador. Isso o Conselho Federal de Administração tinha que processar. Você não poder roubar o nome de Mestrado em Administração de Negócios para usar em outros cursos.

    kanitz    
    "Nós administradores temos a missão de realizar o sonho dos outros", afirma
Kanitz / (Foto: arquivo pessoal/montagem Revista Administradores)
   


Como deve ser pensada a Administração do Brasil - tanto a pública quanto a das empresas – de modo que possamos gerir de forma eficiente esse futuro promissor que tanto se fala em nosso país?

Nós não criamos, ainda, no Brasil, as escolas de Administração socialmente responsáveis. Isso começou em 1910 na Harvard Business School e, em 1970, quando eu estudei lá, fiquei muito surpreso, porque tinha um sabor de esquerda que a gente não via no Brasil. As nossas escolas de Administração são muito de direita. Além do mais, nós não temos nas universidades públicas do Brasil, pasmem, faculdades de Administração. Normalmente, é um departamento dentro de uma escola de Economia, Administração e Contabilidade. Enfim, nós estamos muito atrasados. Inclusive, eu já desisti de achar que nós vamos ter em breve a era do administrador. Em 2010, eu até torci e lutei para que o Henrique Meirelles fosse candidato (a presidente) - e ele queria isso, eu sei, até o ajudei bastante - mas ele não foi. Inclusive, o último artigo que eu escrevi na Veja foi "O administrador de esquerda", no intuito de fazer a cabeça da nossa extrema esquerda de que o administrador não é só o de direita, existe também o de esquerda. Não de extrema esquerda, porque nós conseguimos implantar as nossas ideias sem sermos revolucionários. A gente vai implantando devergarzinho, pouco a pouco.

Você se considera, então, um administrador de esquerda?

É, eu nem sabia disso, mas Harvard me ensinou a ser preocupado com o trabalhador, o fornecedor, o cliente. Há 15 anos eu criei o primeiro site de voluntariado do Brasil, o primeiro site de filantropia e o Prêmio Bem Eficente, para dar visibilidade às entidades que tivessem boas práticas. E aí os jornalistas perguntavam por que eu estava fazendo aquilo. Eles diziam: "você é homem". E aí, quando eu perguntava o que tinha a ver, eles diziam que o social era coisa de mulher, porque no Brasil há esse costume de as primeiras damas cuidarem desse tipo de ação e os homens se preocuparem com a taxa de juros, a taxa de câmbio, essas coisas. Eu não me considero de esquerda no sentido de ser a favor da estatização, por exemplo, algo que, obviamente, é ineficiente. Eu também sou contra o fato de termos um economista mandando em dezenas de estatais como a gente vê no Brasil. Eu acredito na descentralização. Eu sou a favor da empresa socialmente democrática, onde o trabalhador pode comprar as ações da empresa onde ele trabalha. Aqui é negado isso. Quem trabalha nos Correios, por exemplo, não pode comprar ações de lá.

Você acha que há características que são necessárias de modo específico aos administradores brasileiros?

A minha grande bandeira é que você tem de criar um estilo de administração próprio do país onde você está. Eu vejo a HSM trazendo, ano após ano, gurus americanos, como se não existissem gurus de administração no Brasil. Nomes como Peter Drucker, (Gary) Hamel e outros já vieram ao Brasil e ficaram todos falando um monte de bobagens, sem entender nada do país, e a gente acreditando. Isso é assustador! Há 15 anos, no meu livro "Brasil que dá certo", eu deixei bem claro que o futuro seriam os produtos populares, mercados de baixa renda, coisa para pobre. E todos os livros de administração diziam que não, tem que fazer inovação, produtos com alta tecnologia. E eu falei que não. Como você quer inovar, quando 90% dos seus clientes nunca compraram o seu produto? A Wolkswagen é um exemplo disso. Foram 40 anos com o fusca, e nunca mudava.
 
Qual a diferença que você enxerga entre o administrador e os profissionais de outras áreas que ocupam cargos de gestão?

Olha, o administrador tem a função de ser sistêmico. A função primordial é não permitir que os problemas se acumulem. Nós estamos lá para encher a paciência de todo mundo e analisar os problemas corretamente. Qual o grande problema do Brasil? Nós deixamos os nossos problemas se acumularem. Tomar decisões é outro ponto. Muitas vezes, acha-se que é melhor tomar uma decisão errada do que demorar para tomar. Só que, se você tomar uma decisão errada, logo, logo você vai descobrir que errou. Eu fiquei muito triste por nenhum administrador ter sido escolhido para a equipe de Dilma. O Henrique Meirelles, que é um exímio administrador, fez uma coisa extraordinária pelo Brasil, que foi criar reservas. Mesmo assim, a esquerda mais radical vetou a continuação dele, considerando-o um administrador de direita, ligado a bancos. Lembre-se de que a esquerda soviética liquidou - matou, mesmo - todo o segundo escalão administrativo da Rússia. Destruíram os controles gerenciais e criaram a autogestão dos trabalhadores, como se eles pudessem autogerir-se, algo que é muito comum ainda entre a esquerda, mas que, na verdade, não é bem assim. Você tem que ter o administrador que pense sistemicamente, que se preocupe com tudo.

No Brasil, em vez de nos basearmos em Harvard, preferimos o lado soviético: a gente não gosta do administrador. Nós somos 2 milhões, mas quem manda nesse país são 30 mil economistas, que são muito influentes, têm colunas em todos os jornais, escrevem o tempo todo. Inclusive, me derrubaram da Veja, porque eu falava mal deles e elogiava o administrador de esquerda, que era Meirelles.

Vocês administradores têm que tomar uma rédea política e perceber que são importantes. Eu já estou velho. Mas vocês, que ainda são jovens, têm a missão de mostrar para a esquerda brasileira que nós não somos esse bicho de sete cabeças e seremos um excelente aliado.

Você acredita que os problemas brasileiros decorrem da forma como nós vemos o administrador e o empreendedor por aqui?

Nós temos uma tradição muito pequena de administradores. Em 94 tínhamos 300 escolas de Administração, mas nós não temos poder político, não temos o reconhecimento que deveríamos ter. A sociedade está dando um tiro no pé ao valorizar mais o economista do que o administrador. Outra coisa é que aqui estamos muito acostumados a dizer que precisamos incentivar os empreendedores. Mas nós precisamos entender que o empresário e o empreendedor estão preocupados em realizar seus próprios sonhos. Nós administradores temos a missão de realizar o sonho dos outros. Tá lá o Eike Batista, porque ele brilhante e tal, porque realiza todos os sonhos dele. E os sonhos da sociedade? 
 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Amazonino Mendes - Prefeito de Manaus é idiota e preconceituoso!

Vejam o que diz essa anta quando uma moradora em área de risco reclama de ajuda por parte do prefeito.Além de ofender a moradora mandando que ela morresse, ainda resolve partir pr'a discriminação pelo fato  de a moradora ser paraense.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Frase do dia

“Ela é uma competentíssima tecnocrata moderna com sensibilidade social”.Delfim Neto, sobre a Presidente Dilma.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Conversa de bar - Paulo Paixão

                Novamente estive em Santarém, em parte do mês de dezembro/2010 e todo o mês de janeiro/2011, por sinal, desta vez passei o natal e ano-novo com minha mãe, irmãos e amigos e foi tudo bom demais.
              Não tive o privilégio de participar dos encontros itinerantes em bares, tal como os parceiros Floriano e o Jeso organizam e que eu achei excelente idéia. Todavia, todos os dias freqüentava bares ou botecos para me inteirar do que, realmente, ocorre ou do que possivelmente pode ocorrer nessa cidade de sonhos. Algumas vezes reuníamo-nos na chácara do meu mano, o delegado Luis Paixão, e ali numa dada ocasião passamos um dia todo rindo a beça das sacanagens do Peri Miranda (Peri Peripécias). Meus amigos tomavam cerveja de latinha e eu, sempre tomava o tão famoso vinho Pérgalo, por razões pessoais.
              Bem, os papos, como todos bebedores sabem, podem variar de futebol a política e os nossos não foram exceções. Falamos de pescarias, futebol, política, praias, gatas, casos e casos, etc. E assim rolavam os papos:
- Este ano a coisa está mais feia no mercado. Tanto a carne quanto o peixe subiram de preço e atingem patamares incontroláveis.
- É. Mas isto se dá neste início de inverno quando o peixe é mais escasso mesmo, e ainda tem o período do defeso, depois... fica pior ainda...
Sorrisos. Ninguém justificou a subida do preço da carne, porém, já vi em cadeia nacional repórteres falarem em aumento do preço da carne derivado de conjuntura econômica de influência internacional. Tira-gosto pra cá, uma dose de cerveja ou vinho pra ali, o papo continuou:
- E o São Raimundo (pejorativamente Mundico para todos em Belém) vai decolar ou não?
- Que nada, não há condições para isso! Por quê? Um clube que é dirigido por pessoas que nunca jogaram bola ou nunca participaram de eventos esportivos mesmo como cartolas, que entendem “mesmo de futebol”?
- Se entendessem pelo menos de administração não desperdiçariam montão de cacau contratando jogadores de fora, já descartados pelos clubes maiores.
- Deveriam é contratar olheiros para observarem valores regionais que nós temos aqui de sobra.
- Verdade, verdade, lembram do Jeremias, Cabecinha, Edvar, Cuca, Manoel Maria, Bimba, Bendelack, Acari, Amiraldo, Bosco, Galo, Afonso, Tovica e tantos outros mais?
- Pois é, os times de Santarém do passado, embora amadores não nos davam vergonha...
E a conversa começava a esquentar. Ria-se a vontade. Falava-se das belas mulheres, do bar teatro vinil, de música, de faculdade, dos artistas...
- Mudando de assunto, Paulo. Que achaste de Santarém, agora.
- Bem, Santarém é linda por natureza (em duplo sentido), porém, sinto-me traído, pesaroso, depressivo e, às vezes, até desesperançado...
- Com o que?
- Nossas ruas... Nunca vão ser asfaltadas. Asfaltadas sempre as mesmas do centro da cidade, mas a cidade já cresceu muito e a infraestrutura é péssima. Sonho em ver, pelo menos, oitenta por cento da cidade asfaltada e as demais ruas, pelo menos, limpas, e com tratamento de esgoto. Sonho com a principal Rua do Aeroporto Velho, onde se situa a prefeitura, transformada em deslumbrante complexo urbano, dividida em quadras para praças com chafarizes, prática de esporte, arborizada, bem iluminada e adequada para eventos tantos como a semana da pátria, quadra junina, shows musicais, feiras artesanais, etc. É uma pena, é uma pena tanto desperdício, tanto marasmo, tanto ócio, tanta falta de iniciativa...
- Parceiros, vamos levantar vela, mato tem olhos e parede tem ouvidos. Já estamos ficando embriagados...