Vejam a defesa brilhante que nosso guru Kanitz faz de nossa profissão. É de dar orgulho a todos nós.
Tenho recebido muitas críticas quanto ao meu suposto endeusamento do Administrador como salvador da pátria.
Deixe-me explicar o que está acontecendo.
Estou lentamente perdendo o meu otimismo com o futuro deste país.
Vejo a China, a Índia e o Vietnam, que estavam anos luz atrasados, rapidamente nos ultrapassarem apesar de termos os recursos naturais e 2 milhões de administradores formados ansiosos para realizarem os sonhos dos outros.
Mas vejo que vocês, pelos constantes comentários, acham que eles não são necessários.
Que não precisamos de bons professores de administração, de boas escolas de administração, de pesquisas em administração.
A maioria da nossa imprensa acha que qualquer um pode tocar um banco, uma Petrobras, a diretoria financeira da Aracruz, VCP e Sadia.
Mesmo depois de tudo o que aconteceu com estas empresas.
Eu acho que administrar requer muitos conhecimentos, que de fato não estão sendo dados no Brasil, porque nossos professores de Administração não são bem formados, muitos nem Administradores são, como a atual Diretora da Escola de Administração da FGV.
Alías, uma das minhas surpresas quando voltei da Harvard Business School, um dos primeiros brasileiros a a cursá-la, é que nunca recebi um convite da FGV para ser professor, nem sequer para dar uma palestra. O mesmo ocorrendo com o Departamento de Administração de todas as demais escolas.
Por isto, estamos deixando centenas de problemas se acumularem, quando deveríamos resolver problemas a medida que eles ocorrem.
Essa é a visão do administrador.
Não estou dizendo que administradores são brilhantes nem que devam tomar o poder.
Já mostrei que a função do Administrador é servir o outro, afirmação que nunca ouvi economista conclamar. Eles querem servir ao Estado, que graças a mão visível deles, não pára de crescer.
Mas administradores são uma classe profissional que o Brasil precisa por serem chatos, determinados, insistentes, organizados e constantemente preocupados com redução de custos.
Talvez por isto nossa elite dominante DELIBERADAMENTE os exclua do seu seio. Corrupção precisa de desorganização, gestores despreparados, dirigentes lenientes e um Estado máximo.
Administradores, ao contrário de engenheiros, advogados e economistas, estão com sua autoestima lá embaixo.
É por isto que eu de fato exagero um pouco, na vã tentativa de melhorá-la.
A Índia, a China e os Estados Unidos colocam o administrador no topo, o americano o endeusa.
Na China, Deng Xiaoping colocou 3.000 Administradores e Engenheiros de Produção em postos estratégicos em 1986, e hoje temos o país mais socialista e ao mesmo tempo mais eficiente da Terra.
E, que vão literalmente nos arrasar e nós tinhamos tudo para estar na frente.
Tudo porque insistimos em ignorar a Administração como um aliado do progresso e do desenvolvimento.
Nunca disse que precisamos ter 100% de administradores no poder, mas acho absurdo que vocês advogados, engenheiros e psicólogos aceitaram termos 40% de economistas no poder e 5% de administradores, e eu pelo jeito sou o único a protestar.
Precisamos de fato melhorar o ensino de Administração, ele é ruim pelos mesmos motivos.
Eu, por 30 anos vesti a camisa do Contador Brasileiro e fui um líder desta profissão.
No wikipedia, em inglês, sou considerado um Economista, pelas inúmeras previsões corretas sobre a economia que já fiz.
Sou muito mais citado como Economista do que Contador ou Administrador.
Só visto agora esta camisa de Administrador, em vez de sair por aí com o meu chapéu de Contador ou Economista, porque vejo que com os economistas e contadores que temos não iremos sair do lugar.
E vejo que nossos administradores no Brasil infelizmente não tem um décimo da influência que deveriam ter, e que de fato tem nos outros países.
Os 2 milhões de administradores não entendem como o único colunista que tinham na Veja é substituído por um economista que deixou o governo com 8000% de inflação, obrigando Collor a fazer o que fez.
Como se 2 milhões de administradores não fossem consumidores, leitores influentes, que pelo jeito precisam saber mais de economia e do que do assunto que lhes interessa. Essa doeu.
Eu não me sinto confortável defendendo estes 2 milhões sozinho. Nada confortável.
Nem preciso mais lutar por um lugar ao sol. Posso voltar a qualquer momento à minha zona de conforto como Contador e Economista reconhecido.
Não acredito que teremos uma reforma tributária e redução de impostos.
A única saída é um brutal aumento de produtividade das empresas para tornar este peso menos debilitante.
Não acredito na melhoria do ensino deste país.
A única esperança é o ensino continuado conduzido pelas empresas aos seus funcionários, ensino prático e objetivo que acrescenta valor.
Não acredito que as empresas familiares, hoje na terceira geração, terão o talento dos fundadores e a vontade de crescer que tem uma empresa de capital democrático administrada por profissionais.
Não acredito que o Estado seja tão eficiente assim para resolver nossos problemas, não é o que vimos.
Honestamente, me preocupa que vocês não percebam o óbvio. Estamos mais uma vez perdendo o barco da nossa história.
Eu, pelo menos, estou afundando atirando.
Tenho recebido muitas críticas quanto ao meu suposto endeusamento do Administrador como salvador da pátria.
Deixe-me explicar o que está acontecendo.
Estou lentamente perdendo o meu otimismo com o futuro deste país.
Vejo a China, a Índia e o Vietnam, que estavam anos luz atrasados, rapidamente nos ultrapassarem apesar de termos os recursos naturais e 2 milhões de administradores formados ansiosos para realizarem os sonhos dos outros.
Mas vejo que vocês, pelos constantes comentários, acham que eles não são necessários.
Que não precisamos de bons professores de administração, de boas escolas de administração, de pesquisas em administração.
A maioria da nossa imprensa acha que qualquer um pode tocar um banco, uma Petrobras, a diretoria financeira da Aracruz, VCP e Sadia.
Mesmo depois de tudo o que aconteceu com estas empresas.
Eu acho que administrar requer muitos conhecimentos, que de fato não estão sendo dados no Brasil, porque nossos professores de Administração não são bem formados, muitos nem Administradores são, como a atual Diretora da Escola de Administração da FGV.
Alías, uma das minhas surpresas quando voltei da Harvard Business School, um dos primeiros brasileiros a a cursá-la, é que nunca recebi um convite da FGV para ser professor, nem sequer para dar uma palestra. O mesmo ocorrendo com o Departamento de Administração de todas as demais escolas.
Por isto, estamos deixando centenas de problemas se acumularem, quando deveríamos resolver problemas a medida que eles ocorrem.
Essa é a visão do administrador.
Não estou dizendo que administradores são brilhantes nem que devam tomar o poder.
Já mostrei que a função do Administrador é servir o outro, afirmação que nunca ouvi economista conclamar. Eles querem servir ao Estado, que graças a mão visível deles, não pára de crescer.
Mas administradores são uma classe profissional que o Brasil precisa por serem chatos, determinados, insistentes, organizados e constantemente preocupados com redução de custos.
Talvez por isto nossa elite dominante DELIBERADAMENTE os exclua do seu seio. Corrupção precisa de desorganização, gestores despreparados, dirigentes lenientes e um Estado máximo.
Administradores, ao contrário de engenheiros, advogados e economistas, estão com sua autoestima lá embaixo.
É por isto que eu de fato exagero um pouco, na vã tentativa de melhorá-la.
A Índia, a China e os Estados Unidos colocam o administrador no topo, o americano o endeusa.
Na China, Deng Xiaoping colocou 3.000 Administradores e Engenheiros de Produção em postos estratégicos em 1986, e hoje temos o país mais socialista e ao mesmo tempo mais eficiente da Terra.
E, que vão literalmente nos arrasar e nós tinhamos tudo para estar na frente.
Tudo porque insistimos em ignorar a Administração como um aliado do progresso e do desenvolvimento.
Nunca disse que precisamos ter 100% de administradores no poder, mas acho absurdo que vocês advogados, engenheiros e psicólogos aceitaram termos 40% de economistas no poder e 5% de administradores, e eu pelo jeito sou o único a protestar.
Precisamos de fato melhorar o ensino de Administração, ele é ruim pelos mesmos motivos.
Eu, por 30 anos vesti a camisa do Contador Brasileiro e fui um líder desta profissão.
No wikipedia, em inglês, sou considerado um Economista, pelas inúmeras previsões corretas sobre a economia que já fiz.
Sou muito mais citado como Economista do que Contador ou Administrador.
Só visto agora esta camisa de Administrador, em vez de sair por aí com o meu chapéu de Contador ou Economista, porque vejo que com os economistas e contadores que temos não iremos sair do lugar.
E vejo que nossos administradores no Brasil infelizmente não tem um décimo da influência que deveriam ter, e que de fato tem nos outros países.
Os 2 milhões de administradores não entendem como o único colunista que tinham na Veja é substituído por um economista que deixou o governo com 8000% de inflação, obrigando Collor a fazer o que fez.
Como se 2 milhões de administradores não fossem consumidores, leitores influentes, que pelo jeito precisam saber mais de economia e do que do assunto que lhes interessa. Essa doeu.
Eu não me sinto confortável defendendo estes 2 milhões sozinho. Nada confortável.
Nem preciso mais lutar por um lugar ao sol. Posso voltar a qualquer momento à minha zona de conforto como Contador e Economista reconhecido.
Não acredito que teremos uma reforma tributária e redução de impostos.
A única saída é um brutal aumento de produtividade das empresas para tornar este peso menos debilitante.
Não acredito na melhoria do ensino deste país.
A única esperança é o ensino continuado conduzido pelas empresas aos seus funcionários, ensino prático e objetivo que acrescenta valor.
Não acredito que as empresas familiares, hoje na terceira geração, terão o talento dos fundadores e a vontade de crescer que tem uma empresa de capital democrático administrada por profissionais.
Não acredito que o Estado seja tão eficiente assim para resolver nossos problemas, não é o que vimos.
Honestamente, me preocupa que vocês não percebam o óbvio. Estamos mais uma vez perdendo o barco da nossa história.
Eu, pelo menos, estou afundando atirando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário