Thê, thê, thê...xi, xi, xi...
Faz a agulha no velho vinil.
Depois..., uma guitarra chora
Uma canção de despedida...
Uma voz rouca e aveludada
Explode em emoção...
Te amo, te amo, te amo...
Volta, vem me dar calor
Vem aquecer-me,
Que o inverno chegou...
A bateria repica compassada...
Amassa a dor persistente
E um piano jorra borrifadas
De poesias ondulantes...
O violino arremete a imaginação
Para uma paragem desértica,
Onde os prantos se perdem
Entre os gemidos do silêncio...
As lágrimas rolam de um rosto
Roto de saudade
E de pesar...
De uma taça, as espumas
Borbulham queixas
Que uma boca amarga
Sufoca entre tragos
Cada vez mais afoitos...
E agora, a guitarra,
A voz rouca de veludo,
A bateria e o violino
Encravados no velho vinil
Recolhem-se ao seu fado
E o rosto roto de pesar
Cerra seus olhos...
O sonho acabou...
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