segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
A natureza e a alma - Paulo Paixão
Porque sou de Santarém, vem-me sempre,
Sem que tenha deliberado,
Imagens virtuais do belo,
Um elo inseparável entre o homem
E a natureza, se esta algum dia teve
A chance de se revelar inteirinha,
Como a mim o fez,
Desde que me entendo como gente.
Entende? Vi a sua cara, os seus
Contornos e entendi a sua alma.
Ela é uma dádiva do céu,
Talvez, só uma pequena amostra
Do que podemos apreender
Aqui na Terra
Daquilo que Deus nos reserva
Na sua Herdade.
Significa, na verdade, que temos
O privilégio, desde criancinhas,
De tocar os pezinhos na alvura
Da areia;
No frio delicioso das águas vítreas
De um rio “irreal” (?).
O que existe no homem que se
Assemelha ou se confunde
Com os entes viventes...
Aqueles que não tem malícia,
Que são para serem admirados e
Protegidos por nós seres
Conhecedores do bem e do mal?
A alma, se voltada para o bem,
Pura, bela, amorosa, criativa,
Laboriosa, carinhosa...
Ei-la, perscrutando o céu!
Ei-la, voando sobre a mata!
Ei-la, navegando o rio!
Faz-me de mim um poeta,
Desejando traduzir em versos
A emoção de senti-la e vê-la
Tão linda, tão bela e tão única
Nas paragens de Santarém
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